O canário da terra
Sicalis flaveola
Emerson Vaz Borges
De longe escuto um canto
Agudo, bonito e penetrante
Vem junto ao vento sibilante
Mostrando todo o seu encanto
Estalador e originário do Brasil
Esse pequeno pássaro amarelo
Encontra no chão seu farelo
De repente subiu...
Cortando o céu de anil
Valente como um guerreiro
Com seu bico pontiagudo
É o dono do seu terreiro
Vai embora daqui pássaro mudo
Além de valentia mostra fidelidade
Sai pra lá vizinho covarde
Minha fêmea é por toda eternidade
Quando novo eu sou pardo
Formoso a vida inteira
Amanhece o dia eu não tardo
Vou cantar no pé de aroeira
Sei voar levemente e bem alto
Também sei dar rasante
Gosto de planície e de planalto
Sou um pássaro triunfante.
Sicalis flaveola
Emerson Vaz Borges
De longe escuto um canto
Agudo, bonito e penetrante
Vem junto ao vento sibilante
Mostrando todo o seu encanto
Estalador e originário do Brasil
Esse pequeno pássaro amarelo
Encontra no chão seu farelo
De repente subiu...
Cortando o céu de anil
Valente como um guerreiro
Com seu bico pontiagudo
É o dono do seu terreiro
Vai embora daqui pássaro mudo
Além de valentia mostra fidelidade
Sai pra lá vizinho covarde
Minha fêmea é por toda eternidade
Quando novo eu sou pardo
Formoso a vida inteira
Amanhece o dia eu não tardo
Vou cantar no pé de aroeira
Sei voar levemente e bem alto
Também sei dar rasante
Gosto de planície e de planalto
Sou um pássaro triunfante.
Parabéns pela poesia, Emerson!
ResponderExcluirQuando eu morava na fazenda! Podia ouvir o canto da noite! O silêncio vinha mais silencioso! O mundo não era tão tenebroso! A cutia andava, a onça farejava! A lua clareava meu coração/cerradão...: Fragmento do meu poema "o canto da noite"
ResponderExcluirMistérios que não desvendei...:
ResponderExcluirTenho cheiro de folha verde
E encanto de mata seca
Pareço com uma formiga
Destruindo uma cerca
Sou igual ao vento forte
Soprando para o norte
Que diferença faz
Se vento não tem sorte
Ajo de dentro para fora
Com força silenciosa
Se não terminei ontem
Posso terminar agora
Tão pouco eu falei
Mas ainda não me calei
Minha última palavra
Há mistérios que ainda
Não desvendei.
Pássaro sofrê (Icterus Jamacaí)
ResponderExcluirEu tava navegando o Rio Piratinga
Escutei um canto triste e dolorido
Era o pássaro sofrê numa restinga
De repente vi aquele raro colorido
E indaguei ao amigo ali do lado
Que pássaro gorjeante será aquele
Por que não consegue ficar calado
Na galha do ipê fitei os olhos nele
No dia seguinte comecei a navegar
Queria saber daquele canto por que
Desci o Rio vontade de escutar
Aquele canto que era do sofrê
Nunca vi cantar assim tão pungente
Tão logo quando o sol desperta o dia
Por que provocar na alma da gente
Um misto de alegria, tristeza e agonia?
O pássaro sofrê parece sofrer demais
O uirapuru tinha que ser seu parceiro
Eu nem sei qual dos dois canta mais
Por que será só se deparam no viveiro?
Eu queria aprender a gorjear, chilrear
Mas pena que não sou o pássaro sofrê
Desde pequenino aprendi sonhar
Não obstante os presságios do bem querer.